Tradição e legado de família.
celebre um dia especial
APROVEITE CADA MOMENTO
Com um bom azeite, você transforma uma simples refeição em uma experiência memorável. Ele traz à vida os sabores dos alimentos, realçando-os e elevando-os a um patamar de excelência. É o ingrediente que transforma um prato comum em uma obra-prima gastronômica.
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IMAGINE O AROMA DELICADO
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O resgate da nossa história
se mistura com a cultura do azeite
sobre
NOSSA FAMÍLIA
Um pouco de nossa história
Em tempos difíceis: a origem, muito trabalho e sucesso.
Memórias baseadas em relatos dos meus pais, dos meus tios e dos meus primos, além do livro As Minhas Memórias, de Francisco José Calejo Pires (primo direito da minha avó Marquinhas), que contém memórias de sua infância, de sua juventude e de sua vida profissional, cedido com muito carinho pela minha prima Filipa, a quem muito tenho a agradecer.
A apanha da azeitona na Roca durava aproximadamente dois meses, começava em dezembro,
e o rancho de azeitoneiros e azeitoneiras era sempre da aldeia Vilar do Rei. Os trabalhos
começavam sempre muito cedo. Às seis horas, já estavam em pé no local onde era servido o
almoço, partindo em seguida para os olivais, por toda encosta da margem esquerda do rio Sabor.
Grandes fogueiras eram feitas onde os homens e mulheres se aqueciam. As mulheres usavam manguitos, espécies de luvas sem as pontas dos dedos, para facilitar a apanha das azeitonas derrubadas das oliveiras pelos homens com a ajuda de enormes varas.
Por volta do meio-dia, comia-se a merenda, quase sempre alheiras assadas na fogueira. E tudo continuava assim até ao anoitecer, quando regressavam para casa, ceavam e faziam bailaricos, já que os azeitoneiros tinham uma casa só para eles, onde comiam, dormiam e faziam tais festas.
A cozinheira geralmente era uma azeitoneira de confiança. Há relatos de que sabiam muito bem as couves, os chouriços, o bacalhau feito por ela. Após a ceia, começavam então a se ouvir os primeiros acórdãos, e logo as moças e os moços começavam a fervilhar em momentos alegres e felizes a dançar. Eram esses os bailaricos da apanha da azeitona à noite.
No último dia da apanha, comiam-se os “filhós”, que eram pataniscas de bacalhau, azeitonas (que não podiam faltar), além de bacalhau cru e pão, tudo regado a vinho. Terminava sempre em um ambiente de grande alegria com cantares e, claro, com os toques do realejo e das guitarras, além de um último bailarico do ano.
A azeitona ficava nas tulhas até a altura do Carnaval, e só depois se produzia o azeite. Obviamente era um erro muito grande, mas o habito já devia vir do tempo em que se plantaram ali as primeiras oliveiras, aproximadamente. Era um azeite muito gordo com três ou quatro graus de acidez, pois a azeitona chegava ao lagar já muito fermentada.
Era precisamente no lagar da Roca, bem antigo, em que se produzia toda a colheita. Hoje temos um lagar próximo a esse gênero em exposição em que é possível apreciar o método e os equipamentos usados.
Esse lagar também já pertencia à família, era do meu tio-avô Afonso, herdado pelo meu pai, que o manteve ativo até 2001 na Aldeia de Figueira.
Assim se vivia a apanha da azeitona nesses velhos tempos. De forma a resgatar a tradição e o legado da produção de azeite, iniciamos uma nova fase, e com a marca Quinta da Rocca vamos proporcionar a experiência de se saborear um azeite de qualidade excepcional e com a alma da nossa família.
Meu bisavô Belarmino natural de Mogadouro, mas que vivia em Valverde, uma aldeia do concelho de Mogadouro, já que a Quinta da Roca pertencia à freguesia de Valverde. Minha avó Marquinhas era a filha mais velha, casou-se em fevereiro de 1932 com o meu avô Norberto Mamede da Aldeia de Figueira, união que hoje é o alicerce de toda nossa idealização da marca Quinta da Rocca.